Pensamentos de quem teve um crisma ontem 💭
março 11, 2018
Mais depressa choro a ouvir a melodia de uma música do que propriamente quando estou a cantá-la.
Isto porque no coro eu canto com eles, músicas que me tocam muito, em que me emociono e que estou verdadeiramente a senti-la, mas não algo que me faça chorar. Uma vez que estou mais concentrada em cantá-la, sentir tudo o que a música nos deve fazer sentir, e em passar isso para as pessoas que nos ouvem que nem tenho "tempo" de pensar sequer no chorar por tudo isso.
E por falar em crisma, fui madrinha ontem! Não me perguntem qual a sensação porque eu não vos saberei descrever. Não é algo de peso, pelo menos para mim porque não atribuo esse tipo de conotações a estas coisas, tentei e tento sempre encarar da maneira que é suposto simples e natural. Então fui, fiz o meu papel, abracei-a e dei-lhe um beijinho, disse-lhe que não chorasse e que para continuar este caminho que embora pareça ter terminado, ainda há pouco começou.
Olhei para as caras de todos os que estavam a ser crismados e senti-me naquela pele de novo, entendi todo o choro e caras de emoção. O Crisma é o finalizar de uma etapa, não de tudo, mas de uma grande etapa da nossa vida e eu falo por mim quando digo que foi um dia que me marcou... Eu falei dele na altura, no meu antigo blog, eu tinha um grupo grande - em número e em importância para mim - eram loucos, eram intensos em tudo! Foi um dia muito emotivo porque no crisma uma pessoa lembra-se de tudo. A minha avó tinha falecido há um ano praí, e por mais que isto não deva acontecer eu sabia que era a última vez que eu estava a conviver emocionalmente e completamente com muita daquela boa gente porque muitos afastam-se da igreja, de tudo mesmo depois daquele dia! Olhem, eu só chorei de nostalgia, de saudades, de alegria, de emoção, coisas boas e más. Portanto eu entendi quando vi as caras deles naquele momento e apenas fechei os olhos por um segundo e continuei a caminhar rumo ao sítio do coro de novo.
10 comentários
Comecei num grupo de quase 40 pessoas. E quando chegamos a esta etapa éramos apenas 4. Mas o orgulho foi imenso, porque tinha ao meu lado as melhores pessoas possíveis e o momento em si foi extremamente especial *.*
ResponderEliminarÉ uma descrição bonita, a que fizeste aqui :) não posso dizer que compreenda, porque não acredito em deus, nem na igreja.
ResponderEliminarPor acaso acho que não me emocionei muito no meu crisma, mas sinceramente não me lembro bem. Acredito que possa ser bastante emotivo pelas razões que enumeraste :)
ResponderEliminarAcho que ao ouvir uma dada melodia sente-se sempre muito mais o impacto da mesma, pelo menos acontece-me o mesmo.
ResponderEliminarAinda bem que correu tudo bem, e esses momentos de saudade com pontas de tristeza mas também de felicidade fazem parte. Beijinho*
Parabéns linda! Ser madrinha é muito bom :)
ResponderEliminarKiss, Mariana Dezolt
Messy Hair, Don’t Care ♡
Nunca cheguei a esta fase, desisti da catequese depois da profissão de fé senão me engano. Mas para quem vive isto intensamente e é religioso acredito que seja bastante emotivo (:
ResponderEliminarOh não precisas de justificar, aliás eu estava a brincar em relação àquilo dos balanças xD Desculpa se me expressei mal.
Meus Deus, que nostalgia me deu agora do meu Crisma, não propriamente pela cerimónia em si ( tenho a minha fé, mas não me identifico com certos rituais da Igreja), mas pelas pessoas que me acompanharam nessa etapa <3.
ResponderEliminarBeijinhos
Blog: Life of Cherry
também sou crismada :)
ResponderEliminarAhahah então sou muito como tu :P
ResponderEliminarTambém fui Crismado. Aliás, eu fiz a catequese de forma muito regular e sempre fui muito crente. A par e passo fui perdendo a magia inerente à Igreja. Talvez por ter crescido e começado a olhar as coisas de outra forma.
De qualquer das formas, o meu Crisma também foi bastante emotivo, assim como o de uma prima minha do qual fui Padrinho. Acabam por ser sempre memórias que ficam. E da catequese tenho muitas. Muitas!
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tu és tão pura, tão linda, porra!
ResponderEliminarNão me diga que o céu é o limite, quando há pegadas na Lua.
Devaneia para a frente*
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