A toast, to me! |
Tem acontecido muita coisa nos últimos tempos. Mas vamos por partes.
Quanto à dissertação? Quando a quarentena começou eu confesso que fiquei um pouco preocupada! Pensei "Querem ver que vou ter de adiar (ainda mais) a defesa?". Tinha-a marcada para dia 23 de Abril, quando vi que essa data se aproximava decidi que devia enviar um e-mail à minha orientadora. Houve uma noite que eu pensei antes de adormecer "amanhã tenho de enviar, não passa de amanhã" e quando acordava também ia pensando nisso. Então, no dia seguinte lá enviei a questão à orientadora. Respondeu-me uma hora depois. "Coincidência" chamou-lhe ela, a minha intuição não me falha, pois eis o que me foi dito: Nesse dia de manhã, quando eu enviei mail na hora do meio-dia (!!), a direção das faculdades e afins decidiram que todas as provas públicas que já estavam marcadas deveriam manter-se com a diferença de que estas seriam feitas via vídeo-conferência. Eu sou do caraças, tenho dito meus amigos!
Assim foi, no dia 23 às 14h30 lá estava eu em frente ao computador, com a câmara e o micro conectados e o powerpoint pronto a ser apresentado. Falei sobre a Relação entre o ciberabuso e a violência offline nas relações íntimas juvenis, no tempo que me competia e no final respondi às questões colocadas pelo júri. Digo-vos sinceramente, tendo em conta a pessoa nervosa que sou e o quanto deixo que a ansiedade me controle por vezes... até nem correu mal de todo! Mas eu sou a típica insatisfeita: fica sempre algo por dizer, sinto que podia ter dito mais para defender o estudo que desenvolvi entendem? É claro que havia partes em que o estudo parecia incompleto, primeiramente porque é meramente um estudo exploratório e não aprofundado nas questões, segundo porque não tive tantas respostas como gostaria, a amostra era reduzida e consequentemente os resultados e a sua discussão acaba por ser limitados. Toda a gente me diz que a nota foi boa, mas eu queria mais! Também me dizem que de agora em diante é que vou poder provar tudo o que sei e o quão boa sou, na prática e com isso não tenho que me andar a preocupar, que o amor está lá que me notam o gozo quando começo a falar (sem parecer ter fim) sobre esta temática da violência no namoro entre os jovens - o facto de muitos deles serem vítimas ou agressores sem sequer saberem, pois há comportamentos que para eles são meras brincadeiras, etc etc. - e até tudo o que diz respeito à Criminologia em si.
Além disto, enquanto tratava do resumo dos resultados que tinha recolhido e avançava para a discussão a minha orientadora falou-me que lhe fizeram uma proposta, de escrever um capítulo para um livro (científico, inglês) sobre o tema que estávamos a abordar no estudo e o quê que a senhora fez? Disse que concordava se o meu nome fizesse parte dos autores! Visto que toda a parte teórica tinha sido revista por mim e o estudo, era eu quem estava a recolher os dados. Assim foi, eu aceitei e agora a ler um livro todo "wow" posso desfolhar, ir ao capítulo Y ver aquele título lindo e logo a seguir o meu nome no estilo: Sobrenome, N. (2020)!
Em suma: I'm a fuckin' Master!! E tenho o meu nome citado num livro cientifico de criminologia, inglês! (para não falar em todos os artigos que já vi o meu nome citado porque né...omg i can't even believe this!)
Quero festejar com os meus, quero sentir os seus abraços de congratulação, quero beber e ir sair à noite para dançar até cair.
Bem, não posso dizer que 2020 está a ser ou será um ano péssimo, visto que nele acabei de riscar um dos meus objetivos de vida.
Oh, deixem o mundo estar num lugar melhor e tudo mais seguro... Ninguém me segura a mim!
Watch out, Criminóloga Mestre na área 😌